Olho para o passado e penso no futuro. Nada alcanço; o vazio fere os olhos de forma fria e constrangedora.
Ponho os óculos e volto a fixar o tempo serpenteante. Nem protecção nem filtro, continua o vazio seco e amargo que deixa uma nódoa no cerne do meu órgão raciocinante.
Ele corre de forma aparentemente imutável qual riacho na direcção do imensamente longínquo por vir. Eu observo incapaz de enxergar, sentindo-me posto de parte mas não imune à sua acção...
As raízes nascem prendendo-me à realidade que me impede de fugir.
domingo, 24 de janeiro de 2010
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