quinta-feira, 12 de junho de 2008

O vento

Sopra... Sopra e leva os meus pensamentos. Faz com que eles voem para longe... Para muito longe...
O tempo passa e o o vento continua a soprar mas os pensamentos não deixam de me atormentar.
Alguém diz que preciso esvaziar a mente para me poder concentrar no simples acto de apreciar a natureza. No entanto eu não sou assim, não consigo dissociar o acto de contemplar do acto de compreender, por isso a minha mente está sempre a ser agitada por pensamentos invasores.
Não sei se este é o caminho acertado, mas este trilho foi por mim escolhido e por conseguinte é meu, advém das minhas ideias e actos, e como eu costumo dizer: “mais vale escolher e errar do que ser passivo e não procurar respostas”.
O vento abranda e eu sinto os pensamentos a diminuir de intensidade dando lugar à tristeza. Um tipo de sentimento que me é tanto familiar, mas não penso que, sentido desta forma, seja muito comum no ser humano, pois assim só se sentem aqueles que buscam e não encontram: “(...) A inteligência gera tristeza (...)” in O Rei de Inverno de Bernard Cornwell.
Junto com a tristeza e a soturnidade, sou invadido pela sensação de que as minhas buscas me levam a um estado de isolamento que me transporta para mais próximo da compreensão do meu verdadeiro eu e quem sabe da resposta às minhas questões, pois suspeito que estas se encontram escondidas dentro de mim...

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